dezembro 12, 2008

Cuecas de cetim, rendas (e, às vezes, folhinhos).

Estou com uma crise de idiotice e não sei por onde começar. A gaja pirou-se? Pirou-se! Pirou-se, a parva! Até parece. A culpa é das cuecas fio-dental. Odeio gajas que usam cuecas fio-dental vermelhas de cetim e rendas em Dezembro. Não me interessa se são sexy-chique e adaptáveis à toca da fêmea. Enervam-me. Transformam-me num palerma agitado e com ar provinciano, dada a coloração amarela-esverdeada que adquiro em alguns pontos da testa e demais face. Além disso, dou comigo a espirrar e a coçar activamente as rótulas (eu disse rótulas - com acento agudo no o -, e não rotulas, aquelas plantas angioespermas da família boraginaceae). Ainda sei o que digo. Se a semente anda escondida, a culpa não é dum gajo. É delas e das cuecas de cetim e rendas. E não vale a pena envermelhar. Se bem que eu, há uma hora atrás, envermelhei tanto que me enfiei na casa de banho e me sentei na retrete a bater pé, à espera que a gaja se enfiasse na cama e me passassem os calores alérgicos. Além disso odeio observá-las a deambular pela baiuca na biqueira dos amendoins, descalças e a abanar subtilmente a garupa, como se nada fosse. Se ganhassem calos ou constipassem a rectaguarda de cada vez que se lembrassem de fazer um disparate desses, já não tinham ideias dessas, de certeza.

Bem, na verdade, não consigo odiar as gajas. Mas odeio as cuecas. E a culpa é do pançudo monta renas. Quem é que me mandou, a mim, ir de escadas rolantes?


Zé Manel.

novembro 25, 2008

Será intróito ou exórdio?

Sou o Zé Manel.
À semelhança do people do mundaréu que me rodeia e do ranhoso do 3º andar, estou mal configurado que-farte e chego a ter seis crises de embolotamento por mês. Vivo em função do meu individualismo, que tam'ém não é bem. Talvez seja extemporâneo, não sei. Se um dia destes descobrir que é um caso psicológico, encharco-me em bagaço até me sentir um dragão manco.

Às Segundas, sou um tipo amodorrado.
Às Terças não dou lucro. P'ra quê?
Às Quartas é malhada a eito.
Às Quintas, depende do ensejo.
Às Sextas, faço o que se pode.
Aos Sábados, curto bater a chinela nas disco-nights.
Aos Domingos, o padre oblata e eu moino...

O Zé Manel quer é bate-chinela. E gajas (cultas), que utilizem advérbios de modo.

Mini-intróito!

Um sacana dum galdripanas papa-iogurtes, disse-me que se podia piar umas bojardas por aqui. As sujeitas gostam, murmurou o dentuças engasgado. Ó azáfama. Ó intermitência. Ó trivialidade bajouja. Módico que sou, vou perambular por aí...

O Zé Manel quer é festança. E miúdas tam'ém.